Violentada e triste. Recortada
Na chuva.
Perfil de primavera
Nas mãos que eu ergo acima desta ausência.
O meu sangue desperta, cria raízes no teu sangue.
Nos jardins desertos da nossa solidão.
As minhas mãos, nas tuas, os corpos abraçados.
E a única cidade construída para o nosso amor:
Nua. Inquieta.
Clandestina.
A tua boca no meu peito. Os beijos
Demorados. E todos os silêncios.
As ruas que eu abri no teu olhar
Começam nos meus dedos.
Vem.
Eu amo-te.
(Joaquim Pessoa)
2 Comentários:
Como é possível conjugar palavras em tanta beleza... isto prova que o homem, no fundo, bem lá no fundo é um ser notável...
Parabéns
A beleza das palavras que só alguns ,têm o dom de a demonstrar!
Gostei!:)
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