MAIS UMA DO GOVERNO LULA - Transcrevo tal qual recebi do Brasil...se a moda pega...rsrsrsrs
Dona Marisa, os militares, a lei e a ordem
Josué Maranhão
NATAL (RN) – Confesso a minha ignorância: eu não sabia que a sra. Marisa Letícia, ilustre esposa do presidente Lula, havia prestado tantos e tão relevantes serviços à Força Aérea Brasileira.
O meu pecado não é mortal, nem tão grave, se for considerado que, ao que me parece, a maioria da população também desconhecia o trabalho da Primeira Dama em benefício das Forças Armadas.
Mas, se os militares disseram que Dona Marisa prestou relevantes serviços à Aeronáutica, quem sou eu para duvidar. Afinal, ainda há quem proclame que os militares são os paradigmas da ordem e da honestidade, do respeito à lei e à ética. Dessa forma, como diz a piada, com eles, "falou, tá falado".
O fato é que o Rio Grande do Norte deve ter se sentido honrado e gratificado ante o fato de que, na semana passada, na Base Aérea de Natal, a Aeronáutica resolveu condecorar Dona Marisa com a medalha do Mérito Santos Dumont, em solenidade na Base Aérea de Natal. A honraria é o reconhecimento pelos relevantes serviços que o agraciado tenha prestado à Força Aérea Brasília, como proclama a legislação que instituiu a Medalha em homenagem a Santos Dumont. Lá está bem expresso que a exigência para a concessão da honraria é a prestação de relevantes serviços à Aeronáutica e ao país.
Dona Marisa, a não ser que a FAB prove o contrário, se prestou "relevantes serviços" à Aeronáutica Brasileira, deve ter sido quando usou aviões militares para transportar familiares, como o fez na oportunidade em que um dos seus filhos viajou entre São Paulo e Brasília (ida e volta) com um grupo de amigos, apenas para passear.
Ou quando aviões da FAB, conforme já lí, transportaram cabeleireiro e figurinistas encarregados de embelezar a Primeira Dama.
Afora isso, o que se sabe, é que Dona Marisa prestou "relevantes serviços" ao Brasil quando, embora e enquanto esposa do presidente da República, pleiteou e conseguiu a cidadania italiana. Por que será que a Primeira Dama brasileira precisa de cidadania de outro país?
Repito, no entanto que, se os militares falaram que Dona Marisa prestou "relevantes serviços", com certeza ela os prestou. Afinal, os militares, dizem e muitos acreditam, são exigentes cumpridores da ordem e das leis, honestos e éticos, repito.
Mas, por falar em ética e militares, também há poucos dias a Comissão de Ética Pública da Presidência da República considerou incorreto e antiético o comportamento de um General, quando era o Comandante do Exército.
Para quem tem memória fraca, vale lembrar que o General em questão, recentemente, no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, foi o protagonista de um espetáculo degradante e vergonhoso. Impôs a sua "otoridade" fazendo parar um avião na cabeceira da pista, quando ia levantar vôo e, ainda mais, forçou o desembarque de dois passageiros, para que ele e sua esposa pudessem viajar. Aliás, sequer era uma viagem a serviço, ou oficial.
O general, agindo de forma autoritária teria coagido um funcionário da companhia aérea e servidores públicos encarregados da movimentação de aviões naquele aeroporto, única e exclusivamente porque alegava que precisava viajar, em face de compromissos. Impôs a sua vontade, a sua lei, a sua ordem, a sua ética e o seu procedimento presumivelmente honesto. Será que qualquer um pobre mortal civil, ou paisano, como os militares gostam de falar, também teria direito de impor sua vontade e sustar o vôo de um avião comercial, simplesmente ante a necessidade de fazer uma viagem que considerasse urgente?
O mito que ainda existe, que permite a alguns dizerem que o Brasil estaria melhor se os militares mandassem no país, não passa de uma interpretação incorreta sobre os conceitos de autoridade e autoritarismo. A confusão se deve ao fato de que, durante a ditadura, os militares, de forma autoritária, sem permitir contestação, impunham pela força a sua vontade.
Como é óbvio, não deu certo! E tanto não deu, que eles próprios se encarregaram de abandonar o poder, saindo pela porta dos fundos, como o fez o último general de plantão na presidência da República. E por que assim agiu? Simplesmente porque não conseguiu impor o seu autoritarismo e fazer seu sucessor um político que, como o tempo mostrou, tornou-se presidiário. E não foi preso como reconhecimento ao seu respeito à lei, à ordem e, principalmente, à honestidade.
Ser honesto e respeitar a lei, a ordem e a ética, não são características essenciais e exclusivas dos militares.
Se o fossem, certamente Dona Marisa não teria sido condecorada pelos seus "relevantes serviços prestados à Aeronáutica" que, se os prestou, ninguém sabe, ninguém viu. Somente a FAB os conhece. Também se o fossem, um general não se atreveria a impor a sua vontade, autoritariamente, em detrimento dos direitos de outros cidadãos brasileiros, como o fez o então Comandante do Exército, no vergonhoso episódio ocorrido no aeroporto de Viracopos e agora considerado incorreto por um órgão da presidência da República.
Lembro, apenas, que vivi sob ditaduras de direita aqui no Brasil e na Indonésia e conheci pessoalmente ditadura de esquerda na China, além de acompanhar os regimes ditatoriais esquerdistas da ex-União Soviética e de Cuba. Todos são iguais e nenhum deles presta. A pior democracia é melhor do que quaisquer deles.
Josué Maranhão
NATAL (RN) – Confesso a minha ignorância: eu não sabia que a sra. Marisa Letícia, ilustre esposa do presidente Lula, havia prestado tantos e tão relevantes serviços à Força Aérea Brasileira.
O meu pecado não é mortal, nem tão grave, se for considerado que, ao que me parece, a maioria da população também desconhecia o trabalho da Primeira Dama em benefício das Forças Armadas.
Mas, se os militares disseram que Dona Marisa prestou relevantes serviços à Aeronáutica, quem sou eu para duvidar. Afinal, ainda há quem proclame que os militares são os paradigmas da ordem e da honestidade, do respeito à lei e à ética. Dessa forma, como diz a piada, com eles, "falou, tá falado".
O fato é que o Rio Grande do Norte deve ter se sentido honrado e gratificado ante o fato de que, na semana passada, na Base Aérea de Natal, a Aeronáutica resolveu condecorar Dona Marisa com a medalha do Mérito Santos Dumont, em solenidade na Base Aérea de Natal. A honraria é o reconhecimento pelos relevantes serviços que o agraciado tenha prestado à Força Aérea Brasília, como proclama a legislação que instituiu a Medalha em homenagem a Santos Dumont. Lá está bem expresso que a exigência para a concessão da honraria é a prestação de relevantes serviços à Aeronáutica e ao país.
Dona Marisa, a não ser que a FAB prove o contrário, se prestou "relevantes serviços" à Aeronáutica Brasileira, deve ter sido quando usou aviões militares para transportar familiares, como o fez na oportunidade em que um dos seus filhos viajou entre São Paulo e Brasília (ida e volta) com um grupo de amigos, apenas para passear.
Ou quando aviões da FAB, conforme já lí, transportaram cabeleireiro e figurinistas encarregados de embelezar a Primeira Dama.
Afora isso, o que se sabe, é que Dona Marisa prestou "relevantes serviços" ao Brasil quando, embora e enquanto esposa do presidente da República, pleiteou e conseguiu a cidadania italiana. Por que será que a Primeira Dama brasileira precisa de cidadania de outro país?
Repito, no entanto que, se os militares falaram que Dona Marisa prestou "relevantes serviços", com certeza ela os prestou. Afinal, os militares, dizem e muitos acreditam, são exigentes cumpridores da ordem e das leis, honestos e éticos, repito.
Mas, por falar em ética e militares, também há poucos dias a Comissão de Ética Pública da Presidência da República considerou incorreto e antiético o comportamento de um General, quando era o Comandante do Exército.
Para quem tem memória fraca, vale lembrar que o General em questão, recentemente, no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, foi o protagonista de um espetáculo degradante e vergonhoso. Impôs a sua "otoridade" fazendo parar um avião na cabeceira da pista, quando ia levantar vôo e, ainda mais, forçou o desembarque de dois passageiros, para que ele e sua esposa pudessem viajar. Aliás, sequer era uma viagem a serviço, ou oficial.
O general, agindo de forma autoritária teria coagido um funcionário da companhia aérea e servidores públicos encarregados da movimentação de aviões naquele aeroporto, única e exclusivamente porque alegava que precisava viajar, em face de compromissos. Impôs a sua vontade, a sua lei, a sua ordem, a sua ética e o seu procedimento presumivelmente honesto. Será que qualquer um pobre mortal civil, ou paisano, como os militares gostam de falar, também teria direito de impor sua vontade e sustar o vôo de um avião comercial, simplesmente ante a necessidade de fazer uma viagem que considerasse urgente?
O mito que ainda existe, que permite a alguns dizerem que o Brasil estaria melhor se os militares mandassem no país, não passa de uma interpretação incorreta sobre os conceitos de autoridade e autoritarismo. A confusão se deve ao fato de que, durante a ditadura, os militares, de forma autoritária, sem permitir contestação, impunham pela força a sua vontade.
Como é óbvio, não deu certo! E tanto não deu, que eles próprios se encarregaram de abandonar o poder, saindo pela porta dos fundos, como o fez o último general de plantão na presidência da República. E por que assim agiu? Simplesmente porque não conseguiu impor o seu autoritarismo e fazer seu sucessor um político que, como o tempo mostrou, tornou-se presidiário. E não foi preso como reconhecimento ao seu respeito à lei, à ordem e, principalmente, à honestidade.
Ser honesto e respeitar a lei, a ordem e a ética, não são características essenciais e exclusivas dos militares.
Se o fossem, certamente Dona Marisa não teria sido condecorada pelos seus "relevantes serviços prestados à Aeronáutica" que, se os prestou, ninguém sabe, ninguém viu. Somente a FAB os conhece. Também se o fossem, um general não se atreveria a impor a sua vontade, autoritariamente, em detrimento dos direitos de outros cidadãos brasileiros, como o fez o então Comandante do Exército, no vergonhoso episódio ocorrido no aeroporto de Viracopos e agora considerado incorreto por um órgão da presidência da República.
Lembro, apenas, que vivi sob ditaduras de direita aqui no Brasil e na Indonésia e conheci pessoalmente ditadura de esquerda na China, além de acompanhar os regimes ditatoriais esquerdistas da ex-União Soviética e de Cuba. Todos são iguais e nenhum deles presta. A pior democracia é melhor do que quaisquer deles.
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