...É PRECISO TER ASAS,PARA SE AMAR O ABISMO...

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

EU...sou o obatáculo!





Certa vez um cão estava quase morto de sede, parado junto à água. Toda vez que ele olhava o seu reflexo na água, ficava assustado e recuava, porque pensava ser outro cão.

Finalmente, era tamanha a sua sede, que abandonou o medo e atirou-se para dentro da água. Com isto, o reflexo desapareceu.

O cão descobriu que o obstáculo - que era ele próprio -, a barreira entre ele e o que buscava, havia desaparecido.

Nós estamos parados no meio do nosso próprio caminho. E, a menos que compreendamos isso, nada será possível em direção ao nosso crescimento.

Se a barreira fosse alguma outra pessoa, poderíamos desviar-nos. Mas nós somos a barreira. Nós não nos podemos desviar - quem vai desviar-se de quem? A nossa barreira somos nós e seguirá-nos-à como uma sombra.

Este é o ponto onde nós estamos - junto da água, quase mortos de sede. Mas alguma coisa nos impede, porque nós não estamos saltando para dentro. Alguma coisa nos segura. O que é? É uma espécie de medo. Porque a margem é conhecida, é familiar e pular para o rio é ir em direção ao desconhecido. O medo sempre diz: "agarra-te àquilo que te é familiar, ao que é conhecido".

E as nossas misérias, as nossas tristezas, as nossas depressões,as nossas angústias, os nossos complexos, são-nos familiares, são habituais. Nós vivemos com eles por tanto tempo e agarramo-nos a eles como se fossem um tesouro. O que é que temos conseguido com isso? Será que não podemos renunciar às nossas misérias? Já não vivemos o bastante com elas? Será que já não nos mutilaram demais? O que estamos nós esperando? Este é o caso de todos . Ninguém nos está impedindo. Apenas o próprio reflexo entre nós e o nosso destino, entre nós como uma semente e nós como uma flor. Não há ninguém nos impedindo, criando qualquer obstáculo. Portanto, não continuemos a jogar a responsabilidade nos outros. Essa é uma forma de nos consolar. Deixemos de nos consolar, deixemos de ter auto-piedade. Fiquemos atentos. Abramos os olhos.
Vejamos o que está acontecendo com nossa vida. Escolhamos o certo e decidamos dar o salto.

(Osho )

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